Perrengues que todo mundo já passou no SUS
Confira os principais perrengues que todo brasileiro já enfrentou ao depender do SUS. Desde filas intermináveis até a falta de especialistas, veja tudo com bom humor!

Perrengues que todo mundo já passou no SUS
O clássico da senha que nunca chega
Pegar senha no SUS é um ritual brasileiro. Você chega cedo, ainda com os olhos meio fechados, achando que será atendido logo. Mas aí descobre que sua senha é a 302... e estão chamando a número 71. A primeira reação é rir de nervoso, a segunda é sentar e preparar a alma. Isso acontece em postos de saúde de todo o país. Tem gente que leva cadeira de praia, lancheira, cobertor e até travesseiro, porque sabe que o sistema vai demorar. E mesmo assim, você ainda corre o risco de ouvir "hoje não dá mais tempo" no fim da manhã. Quem passa por isso uma vez, nunca esquece. A espera, o cansaço, a fila, o calor humano — e às vezes o mau humor também. É aquele perrengue coletivo que cria laços entre desconhecidos, rende desabafos e histórias hilárias. No SUS, a senha é só o começo da saga. E ainda tem quem chegue 5h achando que vai ser o primeiro. Spoiler: nunca é.
Esperar mais de 4 horas pra ser atendido
Esperar atendimento no SUS é quase um desafio de resistência. Você chega cedo, acredita que será rápido, mas o tempo passa e a fila não anda. Em pouco tempo, os bancos duros da sala de espera viram camas improvisadas. As pessoas cochilam, compartilham histórias de doenças, dividem bolacha e água. Já virou costume levar lanche, carregador de celular e muita paciência. Tem quem leve até livro, fone de ouvido ou jogo no celular para suportar o tédio. E quando enfim te chamam, parece até milagre. Às vezes o médico é rápido, outras vezes, te encaminha para outro lugar. Mas o cansaço já pegou. Passar mais de 4 horas esperando é comum no SUS. Mesmo com o sistema tentando se modernizar, a realidade de muitos brasileiros ainda é essa. O mais doido é que, mesmo depois disso tudo, muitos agradecem pelo atendimento, porque sabem que, apesar dos perrengues, o SUS ainda é o que salva muita gente que não pode pagar por consulta particular.
Ouvir “isso aqui é só emergência” mesmo com dor
Ouvir que “isso aqui é só emergência” no SUS é um dos maiores perrengues que um paciente pode passar. Você está com febre alta, mal consegue andar, dor de cabeça forte, calafrio e vômito. Vai até o posto ou a UPA esperando ajuda, e a primeira coisa que ouve é: “Isso não é emergência.” É como se a sua dor fosse invisível. Muitos pacientes se sentem humilhados, desacreditados, e ainda precisam aguentar fila para, no fim, serem mandados embora ou receber um analgésico genérico. É frustrante. O problema é que a triagem define o que é grave de forma visual ou por sintomas descritos, e nem sempre isso reflete a realidade. Muita gente já passou por isso: está mal, mas como não tem fratura exposta ou sangramento, não é prioridade. E o mais grave é que, em muitos casos, esse erro na triagem pode deixar problemas sérios sem tratamento, gerando complicações. Um perrengue que revolta e marca. No SUS, infelizmente, a emergência precisa ser visível.
Chegar antes das 6h e não ter vaga no sus
Chegar no posto de saúde antes das 6h da manhã e ainda assim não conseguir vaga é um dos perrengues mais frustrantes no SUS. Você acorda de madrugada, se arruma correndo, enfrenta o frio ou o calor, e quando chega... já tem fila. Gente que chegou 4h, 3h, ou nem foi dormir. Isso é realidade em muitas cidades pequenas e médias no Brasil, principalmente quando se trata de vagas para clínica geral, ginecologista, pediatra ou dentista. O sistema ainda funciona com limite diário de atendimentos, e quem não chega cedo o bastante simplesmente fica sem. É um desgaste físico e emocional. E tem gente que passa por isso várias vezes seguidas. O pior é ouvir do atendente: “as fichas acabaram”. Você olha para o lado e vê pessoas cansadas, algumas idosas, com dor, e todas com o mesmo semblante de frustração. Muitas vezes a única opção é voltar no outro dia e repetir tudo de novo. Um perrengue real e, infelizmente, frequente para quem depende do SUS.
Ser chamado pelo nome errado na hora H
Ser chamado pelo nome errado no SUS pode parecer engraçado, mas é um perrengue que pode custar sua vez. Você está lá, atento, esperando há horas. A atendente chama: “João Pedro?” e você, João Paulo, pensa que não é contigo. Depois de alguns segundos, se levanta, mas já é tarde. Outro entrou. A confusão começa. Os nomes são parecidos, os prontuários se misturam, e o paciente certo fica de fora. Tem gente que perde consulta, exame e até procedimento por causa disso. E nem sempre dá para discutir. “Ah, mas não respondeu, então perdeu a vez”, dizem. Isso acontece principalmente em locais com muito movimento ou onde o sistema de chamadas não é informatizado. Pior ainda se tiver dois nomes iguais no mesmo dia. A equipe fica perdida, e o paciente também. Resultado? Mais espera e mais estresse. Esse perrengue pode parecer simples, mas mostra a importância de organização e clareza na chamada. Um nome mal pronunciado no SUS pode virar uma dor de cabeça real.
Não conseguir vaga com especialista nem com reza no Sus
Conseguir consulta com especialista no SUS é um dos maiores desafios para quem depende exclusivamente da rede pública. Ortopedista, oftalmo, neurologista, endocrino... são nomes que parecem inalcançáveis. Você passa no clínico geral, ele te encaminha, e pronto: começa a maratona da espera. Às vezes são meses, outras vezes mais de um ano. E se perder o dia, volta pro fim da fila. Tem gente que desiste, procura consulta popular paga ou tenta resolver por conta própria. É um perrengue silencioso, que afeta a saúde e gera angústia. O pior é quando o problema precisa de urgência: dores, suspeitas de algo grave, visão comprometida. Ainda assim, o retorno é lento. E enquanto a vaga não aparece, o paciente vai sofrendo. É um gargalo do sistema que, mesmo com mutirões e agendas especiais, ainda deixa milhares de brasileiros na fila. A frustração é real, principalmente quando se descobre que o especialista atende só uma vez por mês. E o número de vagas? Raro como diamante.
Ter que voltar outro dia porque "o médico faltou"
Chegar no posto e descobrir que o médico faltou é um clássico do perrengue no SUS. Você esperou meses, passou pela triagem, organizou o dia todo pra estar lá. Acordou cedo, pegou fila, e quando finalmente sua senha é chamada: “O médico não veio hoje.” Pronto. Acaba o dia. Ninguém explica direito, e o sistema não tem reposição imediata. “Tem que reagendar”, dizem. Mas reagendar pode levar semanas ou até meses, dependendo da especialidade. E o mais frustrante: você vê o consultório vazio, os outros pacientes revoltados, e a recepção sem saber o que fazer. Em algumas unidades, nem aviso colocam. O paciente fica sabendo só depois de horas esperando. A sensação de desrespeito é enorme. E, infelizmente, acontece com frequência. Problemas com plantões, licenças médicas, falta de reposição… tudo isso gera esse caos. Quem depende do SUS sabe bem. Esse perrengue é tão comum que muitos já chegam com o “plano B”: marcar outro dia, procurar outro posto ou ir pra casa e tentar de novo.
Sair com receita mas sem remédio disponível na Farmácia do Sus
Pegar receita no SUS e sair sem remédio é um perrengue frustrante. Depois de toda a saga para conseguir atendimento, passar pela triagem, consulta e, finalmente, pegar a receita... vem o balde de água fria. A farmácia do posto está sem o medicamento. Você ouve: “acabou”, “só mês que vem” ou “tá em falta no sistema”. E aí? Ou compra, ou volta pra casa e tenta farmácia popular, onde também pode estar indisponível. Para quem não tem dinheiro, o tratamento pode ser interrompido. Isso afeta diretamente diabéticos, hipertensos, pacientes crônicos e idosos. A sensação de abandono é real. O sistema até tenta distribuir os remédios, mas a logística falha. A falta de reposição é um problema nacional. E o mais triste: o médico faz a parte dele, mas o remédio não chega até o paciente. O ciclo se quebra. É o perrengue mais silencioso, mas talvez o mais perigoso. Afinal, sem medicamento, não há tratamento. E sem tratamento, não há recuperação. Só frustração.
Perguntas Frequentes sobre perrengues no SUS
1. Por que o atendimento no SUS é tão demorado?
O atendimento no SUS é demorado porque a demanda é muito maior do que a quantidade de médicos e estrutura disponíveis. Muitos postos atendem centenas de pessoas por dia com equipes reduzidas.
2. Posso ser recusado no SUS mesmo com dor?
Sim. Se a triagem entender que sua dor não é uma urgência, o paciente pode ser orientado a procurar outro serviço. Isso gera muitos perrengues no SUS, mesmo em casos reais de necessidade.
3. É comum faltar médico no SUS?
Infelizmente sim. Médicos faltam por plantões em outras unidades, licenças ou por falta de profissionais para repor. Isso atrasa o atendimento e causa frustração entre os pacientes.
4. O que acontece se eu perder a senha do SUS?
Se você perder a senha no SUS, normalmente precisa esperar até o fim do atendimento ou voltar outro dia. Em alguns casos, nem conseguem encaixe. É um perrengue bem comum.
5. Por que é tão difícil conseguir especialista pelo SUS?
Consultas com especialistas no SUS dependem de encaminhamento, disponibilidade e fila. Como a demanda é enorme, muitos pacientes esperam meses, até anos, por uma vaga.
6. O SUS distribui remédio de graça?
Sim, mas a farmácia do SUS nem sempre tem todos os medicamentos. Alguns são disponibilizados apenas para doenças crônicas ou via farmácia popular. A falta de estoque é comum.
7. Posso ser atendido sem agendar no SUS?
Depende. Alguns postos aceitam atendimento sem agendamento para casos clínicos ou urgências, mas em geral é preciso chegar bem cedo para conseguir senha ou encaixe.
8. Como saber se o posto está com médico no dia?
O ideal é ligar antes de sair de casa. Muitos pacientes enfrentam perrengues no SUS ao chegar e descobrir que o médico não foi ou está em outro plantão.
9. Tem como marcar consulta do SUS pela internet?
Algumas cidades oferecem agendamento online via aplicativo ou site da prefeitura. Mas na maioria dos lugares, o agendamento do SUS ainda é presencial, com senha no local.
10. Quanto tempo posso esperar por exame no SUS?
Depende do tipo de exame. Alguns são rápidos (como sangue ou urina), outros como ressonância ou tomografia podem levar meses. A fila é definida pela prioridade clínica.
11. Quem tem prioridade no SUS?
Têm prioridade no SUS: gestantes, idosos, crianças, pessoas com deficiência e casos urgentes. Mas o volume de pacientes pode atrasar até esses atendimentos em algumas unidades.
12. O que fazer se não for atendido no SUS?
Você pode registrar reclamação na ouvidoria do SUS, procurar a Secretaria de Saúde ou ir a outra unidade. É importante relatar quando os perrengues no atendimento se tornam recorrentes.
13. A receita do SUS vale na farmácia particular?
Sim. A receita do SUS pode ser usada em farmácias particulares, desde que esteja dentro da validade e com assinatura e carimbo do profissional de saúde.
14. SUS atende casos de saúde mental?
Sim. O SUS oferece atendimento psicológico, psiquiátrico e serviços como o CAPS. Mas consultas com psiq