Consultas no SUS: O médico olha mais o relógio que você
Zoando os perrengues clássicos de quem encara uma consulta no SUS no modo turbo: o médico mal olha na sua cara, já solta um “virose”, imprime a receita e grita “Próximo!” Rir é a única prescrição que funciona.

Consultas no SUS: O médico olha mais o relógio que você
1. Você entra e ele já tá imprimindo a receita
A consulta no SUS é tão rápida que às vezes você acha que entrou em uma cabine de pedágio. Você mal sentou e o médico já começou a escrever, imprimir e assinar. Às vezes nem pergunta o que você sente, só pergunta se é dor ou febre — e se responder “não sei”, já ganha um “toma dipirona e repouso”. O mais engraçado é que o médico fica checando o relógio mais do que seu batimento. A sensação é de que ele tá no modo "atende e corre". E se você ousar perguntar mais de um sintoma? Ih... o olhar já diz: “Tá querendo fazer hora extra aqui?”
2. A pressa que cura até câncer com analgésico
No SUS, existe um poder milagroso escondido na rapidez da consulta. Dor no joelho, mancha na pele, crise existencial, tudo se resume a duas palavras mágicas: "dipirona" ou "paracetamol". O médico nem precisa de exame — basta você respirar diferente que ele já te diagnostica com “virose” e segue a vida. Já teve paciente que entrou com torcicolo e saiu com receita pra chá de boldo. A pressa é tanta que parece que ele quer ganhar algum prêmio por velocidade. O mais doido é quando o paciente tenta explicar o histórico todo: “Doutor, começou em 2018, depois em 2020 voltou…” — e o médico responde: “Vamos tratar o hoje.” E imprime. Fim.
3. Se durar mais de 3 minutos, tem algo errado
Já cronometraram a consulta no SUS? Se passar de 3 minutos, ou você desmaiou ou o médico esqueceu de olhar o relógio. Os atendimentos são tão rápidos que tem gente que sai da sala perguntando se realmente foi atendido ou só sonhou. O problema é que às vezes você esperou 6 horas na fila, ficou em jejum, enfrentou calor ou chuva… e tudo se resolve num piscar de olhos. Literalmente. Tem médico que termina a consulta antes mesmo de você terminar a frase. E se você tentar prolongar, já vem a dica: “Se não melhorar, volta aqui.” O que ninguém te conta é que voltar é uma nova saga de 8 meses.
4. O combo: pressa + cara de poucos amigos
Alguns médicos do SUS já vêm com o combo completo: olhar julgador, pressa eterna e cara de quem tá fazendo favor. A verdade é que muitos estão sobrecarregados, é claro — mas pro paciente, a sensação é de que tá pedindo um favor ao invés de buscar um direito. Você tenta perguntar sobre o exame que fez há 3 meses, e ele: “Isso é com outro médico.” Tenta tirar uma dúvida sobre o remédio: “Tá na bula.” E se sorrir? “Boa tarde, senhor.” Pronto, acabou a consulta. Às vezes você sai se perguntando se não era melhor ter ido no Google e diagnosticado sozinho mesmo.
5. O paciente nem aqueceu, e já acabou
Você senta, ajeita a bolsa, respira fundo pra explicar, e PÁ: consulta encerrada. É igual aquele professor que só dá presença: você vai, assina e vai embora. O paciente já chega com a lista na mente: “Vou falar da dor no joelho, da alergia, da tontura e do exame de sangue.” Mas o médico só ouve o primeiro item e já corta com o clássico: “Isso é com outro especialista.” Aí você sai com uma receita de dipirona, uma guia pra psicólogo e uma indicação de retorno em 120 dias. Dá vontade de perguntar se tem atendimento via telepatia pra agilizar da próxima vez.
6. Quando o relógio vale mais que seu histórico
O médico tem um dom: ignorar tudo que não cabe em 2 minutos de fala. Você começa: “Doutor, eu tenho pressão alta, diabetes, fiz cirurgia em 2019…” — e ele responde com um olhar de “isso não vem ao caso hoje”. Parece que tem uma ampulheta invisível na sala que, quando esgota, encerra automaticamente a consulta. E o mais curioso é quando você pergunta: “Mas não tem como fazer o exame aqui mesmo?” E ele já saca: “Procura o posto da Vila tal… lá faz.” Tipo um RPG da vida real: você coleta guias, cumpre missões e volta pro NPC médico que só te dá XP (experiência de perrengue).
7. Consulta no modo turbo: você entra e já é alta
A consulta turbo do SUS é tão ágil que parece que o médico já quer te dar alta antes de te escutar. Você entra na sala e, dependendo do médico, ele já tá com a receita na mão, só esperando preencher seu nome. Você fala que tá com dor no lado esquerdo, ele prescreve algo pro direito. Fala que é dor muscular, ele receita um antibiótico. E se você ousar dizer: “Mas isso eu já tomei e não resolveu…” — ele responde: “Tenta mais uma vez.” A consulta é tão acelerada que deveria tocar uma musiquinha de Fórmula 1 quando termina.
8. No final, você sai do consultório... e ri
Lá estava o João. Chegou no posto às 5h da manhã, jurando que seria rápido. Levou pão com mortadela, sentou no banco duro e esperou. Quando finalmente chamaram seu nome, o médico nem perguntou o que ele tinha. Disse “virose” com a mesma convicção de quem diz “bom dia” no elevador. Imprimiu a receita antes mesmo do João sentar. Ele saiu com paracetamol, receita dobrada no bolso e cara de quem foi assaltado por um jaleco. Na saída, encontrou dona Tereza, que foi atendida em 2 minutos, e seu Valdemar, que descobriu que precisa marcar outro médico... em outro município. Todos riram. Porque no fim das contas, no SUS, você entra doente, sai meio confuso, mas sempre arruma alguém pra dividir a história. E rir junto. Porque brasileiro é assim: faz fila, espera horas, toma dipirona — e ainda sai dando risada. ????????????????
Finalizar : a receita final é rir da receita
No fim das contas, a consulta no SUS é quase um episódio de comédia. Você entra com esperança, enfrenta um combo de fila, triagem confusa, consulta em modo turbo e sai com a receita de sempre: dipirona, repouso e fé.
Mas tem uma coisa que nenhuma prescrição médica consegue oferecer: a resiliência brasileira. Mesmo com todos os perrengues, a gente sai rindo, contando a história pro próximo e já preparando o espírito pra voltar mês que vem — ou ano que vem.
Porque rir do caos é a única cura que o sistema ainda não atrasou.
E se o médico não te escutar… pelo menos o meme vai.
Perguntas Frequentes
1. Por que a consulta no SUS é tão rápida?
Porque o médico tem que atender 50 pessoas até o almoço. Se ele demorar, o sistema trava… e o café esfria.
2. O médico do SUS realmente escuta os sintomas?
Sim, mas só se couberem em 30 segundos e você não tossir no meio da fala.
3. É verdade que paracetamol cura tudo no SUS?
Paracetamol no SUS é tipo superpoder. Serve pra dor, febre, ansiedade, saudade e até boleto atrasado.
4. Como o médico sabe que é virose sem exame?
Ele adivinha no olhar. Você entra, ele já sente o cheiro da virose no ar.
5. Por que a receita sai antes da consulta acabar?
Porque o médico já imprimiu quando você disse “bom dia”. O resto é só protocolo.
6. Tem como falar mais de um sintoma na consulta?
Só se você falar muito rápido. Tipo leiloeiro.
7. Posso perguntar sobre o exame que fiz há 1 ano?
Pode. Mas o médico vai dizer que isso é com outro especialista... que só atende no próximo semestre.
8. Por que o médico sempre olha pro relógio?
Porque cada consulta dura menos que o intervalo da novela. E ele sabe disso.
9. SUS é tipo atendimento relâmpago?
Exatamente. Você nem viu, já passou. Às vezes você nem lembra se foi atendido mesmo.
10. E se eu esquecer o que ia falar?
O médico vai agradecer. Assim ele termina antes.
11. O que acontece se eu fizer perguntas demais?
Você ganha um olhar de julgamento e um “volta mês que vem” bem seco.
12. É normal sair sem entender o que tive?
É o padrão. Você ganha a receita e um “se piorar, volta aqui”. É o mistério que move o SUS.
13. Por que a fila anda devagar mas a consulta é rápida?
Porque o tempo no SUS é relativo. É tipo buraco negro de espera.
14. Médico do SUS tem treinamento ninja?
Possivelmente. A habilidade de ouvir, digitar, diagnosticar e imprimir em 2 minutos é coisa de elite.
15. Posso rir da situação?
Deve! Porque rir ainda é o único remédio sem fila e sem receita.
16. O médico me indicou outro médico. Isso é normal?
Sim. É o famoso jogo de empurra do SUS: um manda pro outro até você desistir ou melhorar por osmose.
17. E se eu melhorar antes da consulta?
Aí é milagre. Ou foi o chá da vizinha que funcionou.
18. A triagem julga mesmo só no olhar?
Sim. Um espirro bem dado vale mais que o histórico inteiro.
19. Vale a pena reclamar da demora?
Você pode, mas vai ouvir “É assim mesmo, tem muita gente.” Clássico.
20. Se eu rir no consultório, o médico sorri de volta?
Talvez. Mas só se você rir baixinho e já estiver indo embora.